quarta-feira, 31 de maio de 2017

Texto - Meu nome é Felicidade


Olá,
Meu nome é  Felicidade. Sou casada com o Tempo. Ele é responsável pela resolução de todos os problemas, ele constrói corações, ele cura machucados, ele vence a tristeza… Juntos, eu e o Tempo tivemos três filhos: a Amizade, a Sabedoria, e o Amor.
Amizade é a filha mais velha. Uma menina linda, sincera, alegre. A Amizade brilha como o sol. A Amizade une pessoas, pretendendo nunca ferir, sempre consolar.
A do meio é a Sabedoria.  Culta, íntegra, sempre foi mais apegada ao pai, o Tempo. A Sabedoria e o Tempo andam sempre juntos!
O caçula é o Amor. Ah! Como esse me dá trabalho! É teimoso, às vezes só quer morar em um lugar… Eu vivo dizendo: Amor, você foi feito para morar nos  corações, não em apenas um só. O Amor é complexo, mas é lindo, muito lindo. Quando ele começa a fazer estragos eu chamo logo o pai dele, o Tempo, e aí o Tempo vem fechando todas as feridas que o Amor abriu!
E tudo no final sempre dá certo, se ainda não deu, é porque não chegou o final.
Por isso, acredite sempre na família. Acredite no Tempo, na Amizade, na Sabedoria e no Amor. Aí, quem sabe, eu, Felicidade, não bato à sua porta.

Tudo no Tempo de Deus e não no nosso!!!

domingo, 28 de maio de 2017

Texto complementar - Mentira e democracia



Centro de Ensino Urbano Rocha
Professora: Mary Alvarenga     Série: 3º ano    
                                                               
Atividade de Filosofia

Leia o texto, "Mentira e democracia", e responda as questões abaixo.



  A democracia se caracteriza, como aponta Kelsen, por uma visão do mundo baseada no respeito pelo outro, e pelo princípio de legalidade, do controle e da responsabilidade do poder, que exigem que os governantes sejam expostos à luz pública para o efeito específico das avaliações dos governados. Contrasta com a autocracia, que se fundamenta na hierarquia paternal da desigualdade e na autorreferência  solipsista da vontade da soberania e para a qual o ideal do poder é o poder do governante enquanto ser invisível que tudo vê e nada mostra.
    É por isso, aliás, que a diplomacia da Idade Moderna tinha como nota o segredo e a dissimulação, pois emanava do poder pessoal de soberanos absolutistas, que não prestavam contas, aos seus súditos, de sua ação e da ação de seus agentes. Será Kant quem irá contestar a tradição da razão de Estado ao ver na publicidade do poder, também no plano internacional, um caminho para a paz, identificando como uma das causas da guerra o arbítrio do soberano não democrático que ignora a vontade dos governados. É por esse motivo que se estabeleceu uma relação entre a democracia interna e a paz externa, e que uma das notas da diplomacia de países democráticos é a propensão para a diplomacia aberta.
      Porque a democracia se baseia no princípio da confiança e da boa fé, e não no medo, ela sucumbe quando a esfera do público perde transparência e se vê permeada pelo segredo e pela mentira, que é o que ocorre quando a palavra esconde e engana, ao invés de revelar, conforme determina o princípio ético da veracidade.
      O que converte governados engagés em enragés, gerando a violência, observa Hannah Arendt, é a hipocrisia da mentira dos governantes. Da mesma maneira, é a mentira dos governantes que gera o ceticismo e a impotência  dos governados, que não têm base para agir sem os alicerces da verdade dos fatos.
É por isso que a mentira pública, da mesma maneira que o segredo, como exceção ao princípio da transparência do poder, requer um controle, ainda que a posteriori, de natureza pública, na dupla acepção de comum e de visível. [ ... ]
         O direito à plena informação da cidadania, ainda que em certos casos defasado no tempo - que são as hipóteses de sigilo, por um certo período, daquilo que é imprescindível à segurança da sociedade e do Estado -, é mais do que um instrumento jurídico necessário para "domesticar" a propensão ao realismo do poder do príncipe. É, como meio de conter a mentira dos governantes, uma expressão de justiça. Com efeito, a justiça tem entre os seus componentes inarredáveis o valor da igualdade. Este valor a teoria democrática atualizou historicamente, afirmando o primado da veracidade na res  publica, ao pressupor como norma geral da convivência humana politicamente ordenada a reciprocidade, e ao postular, consequentemente, na relação entre governantes e governados a exigência da 'igualdade de oportunidades' na aferição daquilo que é a gestão do interesse comum. É neste sentido, para evocar o texto do padre Antônio Vieira[ ... ], que 'A verdade' - ao contrário da mentira- 'é filha legítima da justiça, porque a justiça dá a cada um o que é seu'. No caso, dar a cada um o que é seu significa, democraticamente, tornar do conhecimento público, através de uma informação exata e honesta, aquilo que é e deve ser comum a todos: a res publica."

LAFER, Celso. "A mentira: um capítulo das re lações entre a ética e a política ". Em: NOVAES, Adauto (Org.). Ética. São Pau lo: Companhia das Letras, 1992. p. 233-235.

 

Análise e entendimento

1. Segundo o autor, o que distingue a democracia da autocracia?

      Celso Lafer cita Kelsen para se referir a democracia como visão de mundo baseado no respeito ao outro, à legalidade e à responsabilidade do poder, que deve ser transparente. Já a autocracia se baseia hierarquia e na desigualdade, porque o governante exerce o poder independente dos cidadãos e privilegia o segredo.  

2. Por que o ideal democrático da transparência é um direito de justiça? 


    A transparência do poder é um direito de justiça porque a democracia se baseia no principio da confiança e da boa fé, portanto não pode ser contaminada pelo segredo e pela mentira, que contraria o principio ético da veracidade.  E não ser veraz não é justo porque fere o princípio da igualdade, já que o governo democrático deve está voltado para o bem comum, e todos têm o direito  de saber com que fins o governante exerce o poder.

     3.  Baseando-se no texto acima, critique as “polícias políticas” do nazismo e do stalinismo.


As polícias políticas são secretas, e agem para conformar o povo  aos interesses do   governante, e não o contrario. Silenciam os dissidentes, além de recorrer à violência.


O stalinismo e o nazismo destrói a liberdade do povo pressionando e aterrorizando contra a desistência  

4   4. A exigência de transparência nos atos políticos não vale para a vida pessoal dos cidadãos, que devem ter garantias de que não ocorrerá a invasão do Estado à sua privacidade. A partir desse ideal democrático, discuta com um colega como os governos autocráticos transgridem esse direito.

         Se a democracia diz respeito ao bem comum, o que trata da intimidade de cada um -  desde que não fira os direitos dos outros -  diz respeita apenas a cada pessoa. No entanto, os governos autocráticos fazem escutas clandestinas, vigiam os passos dos suspeitos de agirem contra o governo, censuram livros e espetáculos e decidem sobre o que é melhor para os cidadãos. Tudo isso fere a liberdade.

5. Destaque no texto as palavras cujo significado você não conhece e consulte o dicionário.  Encontre a definição mais adequada ao contexto. 


* BIBLIOGRAFIA  CONSULTADA
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando: Introdução à Filosofia / Maria Lúcia de Arruda Aranha, Maria Helena Pires Martins.- 4.ed.- São Paulo : Moderna, 2009.









domingo, 22 de janeiro de 2017

Madre Teresa de Calcutá: Ensinarás a voar ... Mas não voarão o...

Ensinarás a voar...
Mas não voarão o teu vôo.
Ensinarás a sonhar...
Mas não sonharão o teu sonho.
Ensinarás a viver...
Mas não viverão a tua vida.
Ensinarás a cantar...
Mas não cantarão a tua canção.
Ensinarás a pensar...
Mas não pensarão como tu.
Porém, saberás que cada vez que voem, sonhem, vivam, cantem e pensem...
Estará a semente do caminho ensinado e aprendido.


(Madre Teresa de Calcutá)

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Islamismo - Texto e atividade



O mundo Islâmico


        Islamismo ou Islã é uma religião monoteísta fundada pelo profeta Maomé no início do século VII. "Islã" é uma palavra árabe que significa "submissão" ou "rendição" e se refere àqueles que obedecem a “Alá”, o único e verdadeiro Deus, o criador, o provedor e o ceifador da vida.  Os seguidores da religião islâmica são chamados de muçulmanos (aqueles que se submetem a Deus).
         É uma religião monoteista que prega a submissão total do homem à vontade de Alá, o Deus único.

        O islamismo teve início quando Maomé, um comerciante da cidade de Meca, na Península Arábica, se retirou para uma caverna nos arredores da cidade para meditar no ano 610. Na caverna, situada no Monte Hira, Maomé recebeu a visita do anjo Gabriel, que lhe mandou recitar versos que lhe teriam sido enviados por Deus e lhe comunicou que ele, Maomé, fora escolhido para ser o último profeta enviado por Deus à humanidade. Os versos foram posteriormente redigidos, formando o Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos. Maomé começou, então, a pregar, em sua cidade, os ensinamentos que recebera na caverna. As pessoas que aceitaram esses ensinamentos passaram a ser conhecidos como "muçulmanos", ou seja, "aqueles que se submetem à vontade de Deus, aqueles que estão em paz, aqueles que são puros, aqueles que obedecem à vontade de Deus",

Vida do profeta Maomé
         Muhammad (Maomé) era da tribo de coraich e nasceu na cidade de Meca no ano de 570. Filho de uma família de comerciantes, passou parte da juventude viajando e conhecendo diferentes culturas e religiões. Aos 40 anos de idade, de acordo com a tradição, recebeu a visita do anjo Gabriel que lhe transmitiu a existência de um único Deus. A partir deste momento, começa sua fase de pregação da doutrina monoteísta, porém encontra grande resistência e oposição. As tribos árabes seguiam até então uma religião politeísta, com a existência de vários deuses tribais.
         Maomé começou a ser perseguido e teve que emigrar para a cidade de Medina no ano de 622. Este acontecimento é conhecido como Hégira e marca o início do calendário muçulmano.
         Em Medina, Maomé é bem acolhido e reconhecido como líder religioso. Consegue unificar e estabelecer a paz entre as tribos árabes e implanta a religião monoteísta. Ao retornar para Meca, consegue implantar a religião muçulmana que passa a ser aceita e começa a se expandir pela península Arábica.
         Reconhecido como líder religioso e profeta, faleceu no ano de 632. Porém, a religião continuou crescendo após sua morte.
Livros Sagrados e doutrinas religiosas

         O Alcorão ou Corão é um livro sagrado que reúne as revelações que o profeta Maomé recebeu do anjo Gabriel. Este livro é dividido em 114 capítulos (suras). Entre tantos ensinamentos contidos, destacam-se: onipotência de Deus (Alá), importância de praticar a bondade, generosidade e justiça no relacionamento social. O Alcorão também registra tradições religiosas, passagens do Antigo Testamento judaico e cristão.
          Os muçulmanos acreditam na vida após a morte e no Juízo Final, com a ressurreição de todos os mortos. A outra fonte religiosa dos muçulmanos é a Suna que reúne os dizeres e feitos do profeta Maomé.

Preceitos religiosos

          A Sharia define as práticas de vida dos muçulmanos, com relação ao comportamento, atitudes e alimentação. De acordo com a Sharia, todo muçulmano deve seguir cinco princípios:


-        Aceitar Deus como único e Muhammad (Maomé) como seu profeta;
-         Dar esmola (Zakat) de no mínimo 2,5% de seus rendimentos para os necessitados;
-        Fazer a peregrinação à cidade de Meca pelo menos uma vez na vida, desde que para isso possua recursos;
-        Realização diária das orações;
-        Jejuar no mês de Ramadã com objetivo de desenvolver a paciência e a reflexão.

Locais sagrados

        Para os muçulmanos, existem três locais sagrados: A cidade de Meca, onde fica a pedra negra, também conhecida como Caaba. A cidade de Medina, local onde Maomé construiu a primeira Mesquita (templo religioso dos muçulmanos). A cidade de Jerusalém, cidade onde o profeta subiu ao céu e foi ao paraíso para encontrar com Moises e Jesus.

Divisões do Islamismo

         Após a morte do profeta Maomé (ou Mohammed),  houve um processo de disputa para decidir quem deveria sucedê-lo, já que o Islã não consistia apenas em uma religião desconectada do poder político. O Islã, em si mesmo, está estruturado em uma proposta de civilização que articula princípios religiosos e políticos.
           Da disputa pelo direito de sucessão legítima do Profeta, duas correntes tornaram-se majoritárias: os xiitas e os sunitas. Tal disputa teve seu início em 632 d.C., quando os califas (sucessores de Maomé), que também eram sogros de Maomé, Abu Bakr e Omar, tentarem organizar a transmissão do poder político e da autoridade religiosa. Essa tentativa logrou êxito até o ano de 644 d.C., quando um integrante da família Omíada, também genro de Maomé, chamado Othmã, tornou-se califa e passou a ter sua autoridade contestada por árabes islamizados que viviam próximos à Medina. Othmã acabou sendo assassinado.

Atividade de História

1.      Onde vivem os povos árabes?  Na Península Arábica.

2.      Qual era o principal centro de culto e peregrinação dos Árabes e o que havia lá para se adorar?

Era Meca onde havia um santuário conhecido como Caaba e no interior deste santuário ficavam centenas de símbolos religiosos tribais entre esses símbolos destacava a Pedra Negra, que segundo a tradição, era branca, mas escureceu devido aos pecados humanos.

3.      Como era Meca?  Era uma cidade com intensa prática religiosa que a transformou num grande centro comercial para todos os povos árabes, estimulando assim, ainda mais a peregrinação para a cidade e também seu desenvolvimento comercial.

4.      O que é um Beduíno? Palavra de origem árabe que significa “aquele que vive no deserto”.

5.      O que significa o politeísmo? Crença na existência de mais de um Deus.

6.      Quem foi Maomé? Profeta árabe, criador da doutrina religiosa denominada islamismo.

7.      Quando e onde nasceu Maomé? Nasceu na cidade de Meca, por volta do ano de 570.

8.      Quando era jovem o que Maomé fazia e o que isso proporcionou a ele?  Passou parte da juventude viajando  e conhecendo   diferentes culturas e religiões.

9.      Quais as duas religiões do Oriente Médio que influenciaram Maomé e qual sua principal característica? Maomé entrou em contato com as duas grandes religiões do Oriente Médio: o judaísmo e o cristianismo, que tinham como característica principal o monoteísmo, ou seja, a crença em um único Deus.

10.  Como se passou a chamar a nova religião e o que significa?   Islã, palavra de origem árabe que significa “submissão total à Deus”.

11.  Como passaram a se chamar os seguidores da nova doutrina islamita?  Muçulmanos

12.  O que significa a palavra Muçulmano?  Muçulmano deriva do verbo árabe aslama, que quer dizer submetido a Deus, são todos aqueles que seguem o Islamismo.

13.  Qual a fonte principal da religião islâmica? O judaísmo, pois segundo a tradição o profeta Maomé seria descendente de Ismael, o primeiro filho de Abraão, que é o patriarca fundador do judaísmo.

14.  Por onde Maomé começou suas peregrinações e quais suas primeiras atitudes? Meca, que era um centro religioso do mundo árabe e lá destruiu todos os símbolos divinos tribais que estavam na Caaba, para demonstrar que Alá era o único e verdadeiro Deus.

15.  O que aconteceu com Maomé em Meca?  Foi hostilizado pela elite da cidade e pelos seguidores de outros deuses e Maomé teve que fugir em 622.

16.  Para onde emigrou Maomé?  Em 622, Maomé fugiu para a cidade de Yathrib, que passou se a chamar de Medina nome de origem árabe que significa a “cidade do profeta”.

17.  O que é a Hégira?   Fuga do profeta Maomé de Meca para Medina e este marca o início do calendário muçulmano.

18.  O que aconteceu com a doutrina de Maomé em Medina?  Maomé  atraiu um grande número de seguidores e aliou-se aos chefes tribais conseguindo unificar as várias tribos criando um único e grande Estado Árabe.

19.  O que é o Alcorão? Livro sagrado do islamismo que contém os ensinamentos transmitidos por Alá à Maomé

20.  O que é a Jihad? Na maioria das vezes a palavra “Jihad” é traduzida por guerra santa, porém significa  “esforço em favor de Deus”. E para os muçulmanos trata-se de assumir o compromisso total com Alá, levando uma vida de acordo com os preceitos religiosos.

21.  Quando Maomé faleceu e qual problema ocorreu com a sua morte? Maomé morreu em 632 e iniciou uma luta pela sua sucessão, quando os califas passaram a chefiar os fiéis em meio de grandes disputas.

22.  O que significa a palavra Califa em árabe? Sucessores do profeta Maomé.