terça-feira, 13 de novembro de 2012

Projeto: A contribuição africana na culinária brasileira



1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

 Local de trabalho: Escola Municipal Santa Maria 
Tema: A contribuição africana na culinária brasileira 
Período: setembro, outubro e  novembro de 2012.  
Turma: 6º ano  Turno: vespertino 
Professora: Mary Alvarenga 
Tempo de execução: 3 meses 
Área: Língua Portuguesa
                  
2.  JUSTIFICATIVA

       Sabe-se que um dos principais problemas na educação da atualidade é a dificuldade que os educandos têm de ler, interpretar e produzir textos. Essa é uma reclamação constante não só pelos professores da disciplina Língua Portuguesa, mas de toda a categoria docente. Tendo em vista essas dificuldades criou-se esse projeto, cuja finalidade é despertar o interesse pela  leitura e o conhecimento pela culinária afro-brasileira. Com isso levar o educando reconhecer e valorizar as contribuições do  negro na formação da culinária brasileira.

3. OBJETIVOS

Gerais
  • Valorizar a cultura afrodescendentes, reconhecendo a sua presença de forma positiva  nos diversos segmentos da sociedade, no que diz respeito à literatura, arte, culinária, religião música e dança.
Específicos
  • Despertar o gosto pela leitura e o hábito de ler;
  • Incentivar a leitura e a escrita através de  receitas culinária;
  • Desenvolver o senso crítico e a criatividade;
  • Desenvolver a habilidade de produzir textos;
  • Coletar  várias receitas  afro-brasileiras e compor um pequeno livro;
  • Estimular a pesquisa e a reflexão a respeito da origem da culinária brasileira;
  • Pesquisar  para saber como a alimentação negra e indígena conseguiu perdurar até  hoje na cultura brasileira;
  • Estimular a leitura e a escrita objetivando maior autonomia na formação do aluno leitor;
  • Reconhecer a culinária afro-brasileira e sua inclusão no dia-a-dia do povo brasileiro;
  • Respeitar e valorizar as manifestações da cultura africana em nosso espaço cotidiano;
  • Utilizar a informática como recurso didático no processo ensino-aprendizagem.
 
4.  METODOLOGIA

      O projeto será desenvolvido na Escola Municipal Santa Maria, com  os alunos do 6º ano, que entre outras atividades, serão realizadas:
  • Montagem de um mercado com produtos que foram trazidos da África para o Brasil.
  • Escrever receitas e organizar  livrinhos culinário  afros.
  • Pesquisas navegando livremente em sites sobre a cultura  afro-brasileira
  • Elaboração de cartazes ilustrativos.
  • Elaboração de slides com textos e imagens.
  • Apresentação de pratos  típicos.
  •  Elaboração de cartazes ilustrativos de alguns pratos afros.
RECURSOS DIDÁTICOS:

·             Materiais
     Livro didático, receitas culinárias, papel chamex, papel 40,  cola quente,  lápis de cor, giz de cera, pincel atômico, máquina  digital, data show,  pen drive,  xerox,  computador, internet, impressora, gravuras...
             Humanos
     Corpo docente;
     Corpo discente;
     Corpo administrativo.

5. FECHAMENTO

  • Exposição das  atividades produzidas  pelos alunos
6. AVALIAÇÃO

       Será feita através da observação, da participação, na elaboração e execução das atividades propostas. Levando em consideração o interesse, participação, criatividade,, organização, legibilidade, leitura, escrita, interpretação e o relacionamento com todos.

7. CRONOGRAMA


ATIVIDADES


SETEMBRO

OUTUBRO

NOVEMBRO
Tema
X


Levantamento bibliográfico
X


Digitação e correção
X


Execução do projeto
X
X
X
Culminância


X

8. BIBLIOGRAFIA

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Etnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. MEC, Brasília - 2005.

BENJAMIN, Roberto Emerson Câmara.
Á África está  em nós: história e cultura afro-brasileira / Roberto Benjamin. – João Pessoa , PB. Editora Grafset, 2004.  168p.; 210x280 mm

ALVARENGA, Mary. A influência africana na culinária brasileira. Slideshare. Disponível em:  <http://www.slideshare.net/Alvarenga-48/culinria-afrobrasileira-14346412> Acesso em 28 de outubro de 2012.

.ALVARENGA, Mary. A influência do negro na cultura brasileira. Portal do professor Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/ fichaTecnicaAula.html?aula=35034> Acesso em  29 de outubro de 2012.




Projeto: A contribuição africana na culinária brasileira



http://www.slideshare.net/maryalvarenga2/projeto-a-contribuio-africana-na-culinria-brasileira

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Plano de Curso: Filosofia /2012

ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
UNIDADE REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE IMPERATRIZ-UREI
DEPARTAMENTO PEDAGÓGICO
CENTRO DE ENSINO URBANO ROCHA
 
PLANO DE ENSINO

Série: 3º ano    Turma: A     Turno: matutino
Professor (a): Mary Alvarenga    Disciplina: Filosofia
01-Número de aulas previstas: Anual: 40     Bimestral: 10    Semanal: 01
02-Área ou disciplinas envolvidas (para atividades interdisciplinares):  História, Português, Sociologia e  Artes
03-Conteúdo (fatos, conceitos, etc) 


3.1 - 1ºBimestre - Filosofia das ciências


Ciência, tecnologia e valores
– Que caminho devo tomar?
– Senso comum e ciência
– Método Científico
– A comunidade científica
– Ciências e valores
– Benefícios das ciências, para quem?
– A responsabilidade social do cientista
Ciência antiga e medieval
– Filosofia e ciência
– Geometria e medicina
– Platão
– Aristóteles
– Alexandria e a escola helenística
– A ciência na Idade Média
– A decadência da escolástica
A revolução cientifica do século XVII
– Uma nova mentalidade
– Características do pensamento moderno
– Galileu e as duas novas ciências
– A síntese newtoniana
– Novas ciências, novo mundo
3.2 - 2º Bimestre - Filosofia das ciências (continuação)    Ética


O método das ciências da natureza
– O desafio do método
– A investigação cientifica
– O método experimental
– A ciência como construção
– O desenvolvimento das ciências da natureza
– A crise da ciência
– Novas orientações epistemológicas
– A ambigüidade do progresso científico
  • O método das ciências humanas
– Explicar e compreender
– Dificuldades metodológicas das ciências humanas
– O nascimento das humanas
– A psicologia comportamentalista
– A psicologia da forma
– Freud e o inconsciente
– As três instancias do aparelho psíquico
– Retomando a controvérsia 
  •  Ética - Entre o bem e o mal
– Uma história real
– Os valores
– Moral e ética
– Caráter histórico e social da moral
– A liberdade do sujeito moral
– Dever e liberdade
– A bússola e a balança
– Ética aplicada
– Aprender a conviver
3.3 -  3º Bimestre - Ética (continuação)
  •   Ninguém nasce moral
– Aprender a autonomia
– A teoria de Piaget
– A teoria de Kohlberg
– Pressupostos filosóficos
– Pressupostos filosóficos
– Pressupostos filosóficos
– Outras tendências
– A construção da personalidade moral
  •  Podemos ser livres?
– Mito, tragédia e filosofia
– Somos livres ou determinados
– A liberdade incondicional e o livre-arbítrio
– O que é determinismo?
– A fenomenologia: a liberdade situada
– Ética e liberdade
  • Teorias éticas
– As diversidades das teorias
– A reflexão ética grega
– As concepções éticas medievais
– O pensamento moderno
– A moral iluminista
– O utilitarismo ético
– As ilusões da consciência
– A filosofia da existência
– A ética contemporânea: o desafio da linguagem
3.44º Bimestre - Estética 
  •  Estética: introdução conceitual
– Conceito e histórico do termo estético
– O belo e o feio: a questão do gosto
– Atitudes
– A recepção estética
– A compreensão pelos sentidos
  •  Cultura e arte
– A cultura hip-hop
– Os sentidos da cultura
– As diferenças entre arte e cultura
– Arte e cultura
  • Arte como forma de pensamento
– Retrato de uma infância
– Arte é conhecimento intuitivo do mundo
– Funções da arte
– O conhecimento pela arte
  • A significação na arte
– A especialização da informação estética
– A forma
– O conteúdo
– A educação em arte
– A importância de saber ler uma imagem
  •  Concepções estéticas
– Isto é arte
– A arte grega e o conceito de naturalista
– A estética medieval e a estilização
– O naturalismo renascentista
– Racionalismo e academismo: a estética normativa
– Os empiristas ingleses Kant e a crítica do juízo estético
– O idealismo de Schiller
– A estética romântica
– A modernidade e o formalismo
– O pós – modernismo
– O pensamento estético no Brasil
– Como ficamos?
04-Temas transversais que posso incluir.
Ética, Saúde, Meio Ambiente, Orientação Sexual e Pluralidade Cultural. 

05-Objetivos (o que espero da turma) Competências e Habilidades 

5.1-Específicos

  Ler textos filosóficos de modo significativo.
  Ler, de modo filosófico, textos de diferentes estruturas e registros.
  Elaborar por escrito o que foi apropriado de modo reflexivo.
  Debater, tomando uma posição, defendendo-a argumentativamente e mudando de posição em face de argumentos mais conscientes.
  Compreender o conceito de filosofia e sua importância na história da humanidade.
  Conhecer a origem da filosofia, sobre os filósofos pré-socráticos e a filosofia clássica
  Distinguir o pensamento filosófico do senso comum, estabelecendo relações com o seu cotidiano.
  Possibilitar aos alunos um contato direto com um texto filosófico.
  Aproximar os alunos da Filosofia apresentando uma proposta de divisão histórica dos períodos   filosóficos.
  Desenvolver autonomia na busca de informação
  Incentivar as aulas através do uso do laboratório de informática
  Pesquisar um tema utilizando fontes variadas
  Ler, compreender um texto didático e extrair informações a respeito de questões especifica
  Organizar e comunicar idéias por meio de textos escritos.
  Incentivar o aluno a refletir sobre a crise moral atual.
  Perceber as questões que envolvem a Ética no seu cotidiano.
  Refletir a polêmica da estética na visão grega e na atualidade.
  Discutir os conceitos de Ideologia e Cidadania.
  Discutir as relações entre conhecimento e ética
  Demonstrar que o papel da Filosofia é construir um campo de conhecimento, de elaboração de concepções, de análise do pensamento humano.
  Desenvolver com o educando experiências de pensamento que o torne competente para uma leitura critica e criativa da realidade que nos cerca ao longo do tempo.
  Levar o aluno a refletir sobre o mundo de maneira autônoma a partir dos textos filosóficos.
  Compreender e estimular a atitude filosófica.
  Interpretar teorias filosóficas da tradição e contemporanizá-las  

06-  Métodos que vou utilizar (Técnicas aplicadas)

  Aulas expositivas e dialogadas
  Leitura: indicação de algumas leituras para ampliação da abordagem dos temas.
  Pesquisas: para reflexão e debates sobre fatos históricos e correntes de pensamento.
  Vocabulário: significado de conceitos chaves.
  Painéis em equipes: apresentação de painéis a partir das pesquisas vinculadas a avaliação.
  Leitura, interpretação e produção de textos
  Estudo dirigido e exercícios em sala de aula.
  Leitura conjunta e análise de textos
  Atividades de trabalhos em grupo
  Apresentação de trabalhos individuais e coletivos
  Seminários
 
07-Recursos que vou utilizar 

   Data show
   Quadro
   Textos diversos
   TV/DVD
   Vídeos
   Cartazes
   Materiais didáticos
   Letras de música e poemas 


   Revistas
   Computador
   Internet
   Pen drive
   Notebook
   Câmera digital
   Papel A4
 Leitura complementar:  

 Gérard Fourez: Eficácia e limites do domínio científico 
 Umberto Eco: Um método para chegar a uma verdade final 
 Alexandre Koyré: A revolução científica
 Ernst Tugendhat: Por que ética? 
 Lawrence Kohlberg: O dilema do bote salva-vidas
 Maurice Merleau: Ponty: A liberdade 
 Immanuel Kant: O que é esclarecimento?

08- Bibliografia consultada

 ARANHA, Maria Lúcia de Arruda - Filosofando: Introdução à Filosofia / Maria Lúcia de
 Arruda Aranha, Maria Helena Pires Martins .- 4.ed.- São Paulo : Moderna, 2009. 

Revista Mundo Jovem: um jornal de idéias. Porto Alegre – UCBC

Internet
 




























































domingo, 26 de fevereiro de 2012

A Alegoria (Mito) da Caverna de Platão

Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão aprisionados. As suas pernas e os seus pescoços estão acorrentados de tal modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar e a olhar apenas para a frente, não podendo girar a cabeça nem para trás nem para os lados. A entrada da caverna permite que alguma luz exterior ali penetre, de modo a que se possa, na semi-obscuridade, ver o que se passa no interior.

A luz que ali entra provém de uma imensa e alta fogueira externa. Entre ela e os prisioneiros – no exterior, portanto – há um caminho ascendente ao longo do qual foi erguido um muro, como se fosse a parte fronteira de um palco de marionetas. Ao longo desse muro/palco, homens transportam estatuetas de todo tipo, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas.

Por causa da luz da fogueira e da posição ocupada por ela, os prisioneiros vêem na parede do fundo da caverna as sombras das estatuetas transportadas, mas sem poderem ver as próprias estatuetas, nem os homens que as transportam.

Como nunca viram outra coisa, os prisioneiros imaginam que as sombras vistas são as próprias coisas. Ou seja, não podem saber que são sombras, nem podem saber que são imagens (estatuetas de coisas), nem que há outros seres humanos reais fora da caverna. Também não podem saber que vêem porque há a fogueira e a luz no exterior e imaginam que toda a luminosidade possível é a que reina na caverna.

Que aconteceria, pergunta Platão, se alguém libertasse um dos prisioneiros? Que faria um prisioneiro libertado? Em primeiro lugar, olharia toda a caverna, veria os outros seres humanos, o muro, as estatuetas e a fogueira. Embora dolorido pelos anos de imobilidade, começaria a caminhar, dirigindo-se à entrada da caverna e, deparando com o caminho ascendente, por ele seguiria.

Num primeiro momento, ficaria completamente cego, pois a fogueira no mundo verdadeiro é a luz do sol e ele ficaria inteiramente ofuscado por ela. Depois, acostumando-se com a claridade, veria os homens que transportam as estatuetas e, prosseguindo no caminho, veria as próprias coisas, descobrindo que, durante toda sua vida, não vira senão sombras de imagens (as sombras das estatuetas projectadas no fundo da caverna) e que somente agora está a contemplar a própria realidade.

Libertado e conhecedor do mundo, o prisioneiro regressaria à caverna, ficaria desnorteado pela escuridão, contaria aos outros o que viu e tentaria libertá-los. 

Que lhe aconteceria nesse retorno? Os demais prisioneiros tentariam ridicularizá-lo, não acreditariam nas suas palavras e, se não conseguissem silenciá-lo com os seus gracejos, tentariam fazê-lo espancando-o e, se mesmo assim, ele teimasse em afirmar o que viu e os convidasse a sair da caverna, certamente acabariam por matá-lo. Mas, quem sabe, alguns poderiam ouvi-lo e, contra a vontade dos demais, também decidissem sair da caverna rumo à realidade.
  1. O que é a caverna? O mundo em que vivemos. 
  2. Que são as sombras das estatuetas? As coisas materiais e sensoriais que percebemos.
  3. Quem é o prisioneiro que se liberta e sai da caverna? O filósofo.
  4. O que é a luz exterior do sol? A luz da verdade.
  5. O que é o mundo exterior? O mundo das ideias verdadeiras ou da verdadeira realidade.
  6. Qual o instrumento que liberta o filósofo e com o qual ele deseja libertar os outros prisioneiros? A interrogação.
  7. O que é a visão do mundo real iluminado? A filosofia.
  8. Por que é que os prisioneiros ridicularizam, espancam e matam o filósofo (Platão está a referir-se à condenação de Sócrates à morte pela assembleia ateniense?)? Porque imaginam que o mundo sensível é o mundo real e o único verdadeiro.

                                                                                               (Marilena Chaui)


Este modo de contar as coisas tem o seu significado: os prisioneiros somos nós que, segundo nossas tradições diferentes, hábitos diferentes, culturas diferentes, estamos acostumados com as noções sem que delas reflitamos para fazer juízos corretos, mas apenas acreditamos e usamos como nos foi transmitido. A caverna é o mundo ao nosso redor, físico, sensível em que as imagens prevalecem sobre os conceitos, formando em nós opiniões por vezes errôneas e equivocadas, (pré-conceitos, pré-juízos). Quando começamos a descobrir a verdade, temos dificuldade para entender e apanhar o real (ofuscamento da visão ao sair da caverna) e para isso, precisamos nos esforçar, estudar, aprender, querer saber. O mundo fora da caverna representa o mundo real, que para Platão é o mundo inteligível por possuir Formas ou Ideias que guardam consigo uma identidade indestrutível e imóvel, garantindo o conhecimento dos seres sensíveis. O inteligível é o reino das matemáticas que são o modo como apreendemos o mundo e construímos o saber humano. A descida é a vontade ou a obrigação moral que o homem esclarecido tem de ajudar os seus semelhantes a saírem do mundo da ignorância e do mal para construírem um mundo (Estado) mais justo, com sabedoria. O Sol representa a Ideia suprema de Bem, ente supremo que governa o inteligível, permite ao homem conhecer e de onde deriva toda a realidade (o cristianismo o confundiu com Deus).
Portanto, a alegoria da caverna é um modo de contar imageticamente o que conceitualmente os homens teriam dificuldade para entenderem, já que, pela própria narrativa, o sábio nem sempre se faz ouvir pela maioria ignorante.

                                                                                                   João Francisco P. Cabral