sábado, 9 de setembro de 2017

Senso crítico, senso comum e conhecimento científico.



Leia o texto e responda às  questões  a seguir. 
             
*      Senso crítico

          Senso crítico  significa a capacidade de questionar e analisar de forma racional e inteligente. Ao utilizar o senso crítico, o indivíduo usa de suas faculdades para pensar e questionar o que observa, aprimorando sua capacidade intelectual, conseguindo assim estudar, pesquisar e resolver os fatos e condições da melhor maneira possível.
         Questionando e refletindo sobre os assuntos, o homem aprendeu, durante sua história, a buscar a verdade, a conscientizar-se de sua realidade dentro do ambiente em que vive.
        A filosofia estabelece que o senso crítico é atrelado ao desenvolvimento de uma consciência reflexiva no mundo em que vive, baseada nas experiências do ego, através de uma autocrítica e de uma crítica da sociedade em que está baseado.
        O Senso Crítico tem por base aquilo que é concreto: a análise crítica, a pesquisa, a reflexão. É muito aproveitável e bom para o indivíduo e para a sociedade. Isso se deve ao fato de que ao utilizar o            Senso Crítico o indivíduo passa a pensar e refletir. E com isso aprimora suas capacidades intelectuais. Muitas vezes a maioria das pessoas deixa de solucionar problemas de maneira coerente por não parar para refletir e estudar a melhor maneira de resolvê-los.
        É preciso perguntar sempre. Perguntar a si mesmo se o que temos ao nosso dispor é realmente bom para nós, se é possível melhorar, se é verdade. Nunca devemos aceitar as coisas sem questionar, pois questionar é pensar. E pensar é humano.

*      Senso comum

           O senso comum é o conhecimento que nos ajuda a nos situarmos no cotidiano, para compreendê-lo e agir sobre ele. Mais importante, poderíamos dizer que se trata de um conjunto de crenças, já que esse conhecimento quase sempre  recebemos pela tradição, de modo espontâneo e não critico. Mas não só,  trata-se também do esforço que fazemos para resolver os problemas que surgem no dia a dia, buscando soluções muitas vezes bastante criativas. 
            O senso comum é frequentemente subjetivo, porque depende do ponto de vista individual e pessoal, não fundado no objeto, e condicionado por  sentimentos ou afirmações arbitrarias do sujeito.
            Diferentemente do senso crítico, são as opiniões inconclusivas, sem um fundamento mais aprofundado, ou seja, são tradições e maneiras de viver que se desenvolvem numa sociedade, fazendo parte da herança cultural de uma população. É a maneira que a maioria das pessoas encontra para reagir conforme o que a sociedade pede delas, sem necessitar de julgamentos ponderados e inteligentes, analisados e coerentes com uma percepção mais aguçada.

*      Conhecimento científico

          O conhecimento científico é uma conquista recente da humanidade, datando de cerca de quatrocentos anos. No pensamento grego, ciência e filosofia achavam-se ainda vinculadas e só vieram a se separar a partir da Idade Moderna, no século XVII, com a revolução científica instaurada por Galileu.
          A ciência moderna nasce ao determinar seu objeto específico de investigação e ao criar um método confiável pelo qual estabelece o controle desse conhecimento. São os métodos rigorosos que possibilitam demarcar um conhecimento sistemático, preciso e objetivo que permita a descoberta de relações universais entre os fenômenos, a previsão de acontecimentos e também a ação sobre a natureza de maneira mais segura.
         Conhecimento científico é a informação e o saber que parte do princípio das análises dos fatos reais e cientificamente comprovados. Esse tipo de conhecimento surgiu da necessidade e do desejo que o ser humano tem em saber como as coisas funcionam, não as aceitando de forma passiva e sem questionamentos. Com isso, foi possível ao ser humano entender os fenômenos naturais e intervir cada vez mais nos acontecimentos diários. Quando utilizado de forma correta, esse tipo de conhecimento traz muitos avanços para a humanidade.  O  conhecimento  científico  é  expresso  sob  a  forma  de  enunciados  que demonstram,  experimentam e  comprovam  as  condições  que  determinam  a ocorrência  dos  fatos  e  dos  fenômenos  relacionados  a  um  problema,  tornando claras  as  relações  e  os  sistemas  de  dependência  que  existem  entre  suas propriedades.
          O conhecimento científico é uma continuação do senso comum, pois é por meio dele que se investe em pesquisas para comprovar ou desmentir fatos que são baseados no senso comum. O que diferencia o senso comum do conhecimento científico  é o rigor. Enquanto o senso comum é acrítico, fragmentado, preso a preconceitos e a tradições conservadoras, a ciência preocupa-se com as pesquisas sistemáticas que produzam teorias que revelem a verdade sobre a realidade, uma vez que a ciência produz o conhecimento a partir da razão.

*      Comunidade científica

          As conclusões a que chegam os cientistas são avaliadas pelos seus pares, que pertencem a uma comunidade intelectual encarregada do constante exame crítico desses resultados. Uma comunidade científica pode ser entendida como o conjunto dos indivíduos que se reconhecem e são reconhecidos como possuidores de conhecimentos específicos na área da investigação científica.
         Até pouco tempo atrás as grandes realizações científicas eram fruto de gênios individuais, enquanto hoje em dia, cada vez mais, o trabalho da ciência é feito em equipe.


Análise e entendimento

1.      O que é senso crítico?

2.      Explique o que é senso comum. Dê   exemplos desse tipo de conhecimento.

3.      O que você entende por conhecimento científico?  

4.      Escreva as principais características do conhecimento científico.

5.      Quais  as diferenças entre senso comum e conhecimento científico?

6.      Qual a relação entre cotidiano e conhecimento científico? Dê um exemplo de uso cotidiano do conhecimento científico (em qualquer área).

7.      Classifique as ações abaixo em  senso comum  ou  conhecimento científico
 
a)      O uso de chás e remédios caseiros.
b)      A produção da vacina de prevenção ao vírus H1N1.
c)      A descoberta da ação das bactérias nos organismos dos animais.
d)      A crença da força da Lua influenciando o crescimento dos cabelos.

8.      O que é subjetividade?  

9.      Considere a situação:

João foi informado que almoçar e tomar banho em seguida faz mal.

        Essa informação foi baseada em conhecimento do senso comum ou conhecimento científico? Justifique sua resposta.

10.   Qual a importância do senso comum e do conhecimento científico para a vida do homem?

11.  O que é comunidade científica?

Ler é importante, aprender é essencial, mas saber interpretar é fundamental.

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Texto - Meu nome é Felicidade


Olá,
Meu nome é  Felicidade. Sou casada com o Tempo. Ele é responsável pela resolução de todos os problemas, ele constrói corações, ele cura machucados, ele vence a tristeza… Juntos, eu e o Tempo tivemos três filhos: a Amizade, a Sabedoria, e o Amor.
Amizade é a filha mais velha. Uma menina linda, sincera, alegre. A Amizade brilha como o sol. A Amizade une pessoas, pretendendo nunca ferir, sempre consolar.
A do meio é a Sabedoria.  Culta, íntegra, sempre foi mais apegada ao pai, o Tempo. A Sabedoria e o Tempo andam sempre juntos!
O caçula é o Amor. Ah! Como esse me dá trabalho! É teimoso, às vezes só quer morar em um lugar… Eu vivo dizendo: Amor, você foi feito para morar nos  corações, não em apenas um só. O Amor é complexo, mas é lindo, muito lindo. Quando ele começa a fazer estragos eu chamo logo o pai dele, o Tempo, e aí o Tempo vem fechando todas as feridas que o Amor abriu!
E tudo no final sempre dá certo, se ainda não deu, é porque não chegou o final.
Por isso, acredite sempre na família. Acredite no Tempo, na Amizade, na Sabedoria e no Amor. Aí, quem sabe, eu, Felicidade, não bato à sua porta.

Tudo no Tempo de Deus e não no nosso!!!

domingo, 28 de maio de 2017

Texto complementar - Mentira e democracia



Centro de Ensino Urbano Rocha
Professora: Mary Alvarenga     Série: 3º ano    
                                                               
Atividade de Filosofia

Leia o texto, "Mentira e democracia", e responda as questões abaixo.



  A democracia se caracteriza, como aponta Kelsen, por uma visão do mundo baseada no respeito pelo outro, e pelo princípio de legalidade, do controle e da responsabilidade do poder, que exigem que os governantes sejam expostos à luz pública para o efeito específico das avaliações dos governados. Contrasta com a autocracia, que se fundamenta na hierarquia paternal da desigualdade e na autorreferência  solipsista da vontade da soberania e para a qual o ideal do poder é o poder do governante enquanto ser invisível que tudo vê e nada mostra.
    É por isso, aliás, que a diplomacia da Idade Moderna tinha como nota o segredo e a dissimulação, pois emanava do poder pessoal de soberanos absolutistas, que não prestavam contas, aos seus súditos, de sua ação e da ação de seus agentes. Será Kant quem irá contestar a tradição da razão de Estado ao ver na publicidade do poder, também no plano internacional, um caminho para a paz, identificando como uma das causas da guerra o arbítrio do soberano não democrático que ignora a vontade dos governados. É por esse motivo que se estabeleceu uma relação entre a democracia interna e a paz externa, e que uma das notas da diplomacia de países democráticos é a propensão para a diplomacia aberta.
      Porque a democracia se baseia no princípio da confiança e da boa fé, e não no medo, ela sucumbe quando a esfera do público perde transparência e se vê permeada pelo segredo e pela mentira, que é o que ocorre quando a palavra esconde e engana, ao invés de revelar, conforme determina o princípio ético da veracidade.
      O que converte governados engagés em enragés, gerando a violência, observa Hannah Arendt, é a hipocrisia da mentira dos governantes. Da mesma maneira, é a mentira dos governantes que gera o ceticismo e a impotência  dos governados, que não têm base para agir sem os alicerces da verdade dos fatos.
É por isso que a mentira pública, da mesma maneira que o segredo, como exceção ao princípio da transparência do poder, requer um controle, ainda que a posteriori, de natureza pública, na dupla acepção de comum e de visível. [ ... ]
         O direito à plena informação da cidadania, ainda que em certos casos defasado no tempo - que são as hipóteses de sigilo, por um certo período, daquilo que é imprescindível à segurança da sociedade e do Estado -, é mais do que um instrumento jurídico necessário para "domesticar" a propensão ao realismo do poder do príncipe. É, como meio de conter a mentira dos governantes, uma expressão de justiça. Com efeito, a justiça tem entre os seus componentes inarredáveis o valor da igualdade. Este valor a teoria democrática atualizou historicamente, afirmando o primado da veracidade na res  publica, ao pressupor como norma geral da convivência humana politicamente ordenada a reciprocidade, e ao postular, consequentemente, na relação entre governantes e governados a exigência da 'igualdade de oportunidades' na aferição daquilo que é a gestão do interesse comum. É neste sentido, para evocar o texto do padre Antônio Vieira[ ... ], que 'A verdade' - ao contrário da mentira- 'é filha legítima da justiça, porque a justiça dá a cada um o que é seu'. No caso, dar a cada um o que é seu significa, democraticamente, tornar do conhecimento público, através de uma informação exata e honesta, aquilo que é e deve ser comum a todos: a res publica."

LAFER, Celso. "A mentira: um capítulo das re lações entre a ética e a política ". Em: NOVAES, Adauto (Org.). Ética. São Pau lo: Companhia das Letras, 1992. p. 233-235.

 

Análise e entendimento

1. Segundo o autor, o que distingue a democracia da autocracia?

      Celso Lafer cita Kelsen para se referir a democracia como visão de mundo baseado no respeito ao outro, à legalidade e à responsabilidade do poder, que deve ser transparente. Já a autocracia se baseia hierarquia e na desigualdade, porque o governante exerce o poder independente dos cidadãos e privilegia o segredo.  

2. Por que o ideal democrático da transparência é um direito de justiça? 


    A transparência do poder é um direito de justiça porque a democracia se baseia no principio da confiança e da boa fé, portanto não pode ser contaminada pelo segredo e pela mentira, que contraria o principio ético da veracidade.  E não ser veraz não é justo porque fere o princípio da igualdade, já que o governo democrático deve está voltado para o bem comum, e todos têm o direito  de saber com que fins o governante exerce o poder.

     3.  Baseando-se no texto acima, critique as “polícias políticas” do nazismo e do stalinismo.


As polícias políticas são secretas, e agem para conformar o povo  aos interesses do   governante, e não o contrario. Silenciam os dissidentes, além de recorrer à violência.


O stalinismo e o nazismo destrói a liberdade do povo pressionando e aterrorizando contra a desistência  

4   4. A exigência de transparência nos atos políticos não vale para a vida pessoal dos cidadãos, que devem ter garantias de que não ocorrerá a invasão do Estado à sua privacidade. A partir desse ideal democrático, discuta com um colega como os governos autocráticos transgridem esse direito.

         Se a democracia diz respeito ao bem comum, o que trata da intimidade de cada um -  desde que não fira os direitos dos outros -  diz respeita apenas a cada pessoa. No entanto, os governos autocráticos fazem escutas clandestinas, vigiam os passos dos suspeitos de agirem contra o governo, censuram livros e espetáculos e decidem sobre o que é melhor para os cidadãos. Tudo isso fere a liberdade.

5. Destaque no texto as palavras cujo significado você não conhece e consulte o dicionário.  Encontre a definição mais adequada ao contexto. 


* BIBLIOGRAFIA  CONSULTADA
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando: Introdução à Filosofia / Maria Lúcia de Arruda Aranha, Maria Helena Pires Martins.- 4.ed.- São Paulo : Moderna, 2009.









domingo, 22 de janeiro de 2017

Madre Teresa de Calcutá: Ensinarás a voar ... Mas não voarão o...

Ensinarás a voar...
Mas não voarão o teu vôo.
Ensinarás a sonhar...
Mas não sonharão o teu sonho.
Ensinarás a viver...
Mas não viverão a tua vida.
Ensinarás a cantar...
Mas não cantarão a tua canção.
Ensinarás a pensar...
Mas não pensarão como tu.
Porém, saberás que cada vez que voem, sonhem, vivam, cantem e pensem...
Estará a semente do caminho ensinado e aprendido.


(Madre Teresa de Calcutá)