domingo, 7 de dezembro de 2014

A questão do conhecimento na Grécia Antiga


            A Grécia do Período Clássico (V a.C. – IV a.C.) foi marcada por guerras entre gregos e povos vizinhos e também entre os próprios gregos. Atenas, que era a cidade-Estado mais próspera, passou a ser dominada por sua rival Esparta e depois pelos macedônios. Foi neste contexto de apogeu e decadência que a filosofia deixou de se preocupar com o mundo exterior e passou a ter o homem como sua principal questão de reflexão. Iniciava-se, assim, a escola socrática.

·         A filosofia pensando sobre o homem

      Sócrates (470 a 399 a.C.) viveu em Atenas, onde assistiu ao apogeu e à decadência da democracia. Filho de uma parteira e de um escultor, o pensador teve a oportunidade de conhecer a obra de Homero, além de dominar as doutrinas de Parmênides, Zenão e Heráclito.
À época de Sócrates, havia em Atenas um movimento cultural promovido pelos sofistas (“sábios”), entre eles, Górgias (485 a 380 a.C.) e Protágoras (485 a 411 a.C.), cuja principal característica era a preocupação intelectual de como obter um raciocínio melhor. Este objetivo vinha ao encontro das necessidades dos atenienses, que, durante o século V a.C. tinham como regime de governo a democracia, na qual os cidadãos (homens atenienses com mais de 21 anos) deviam participar das discussões e decisões de poder. Os sofistas ensinavam aos cidadãos as técnicas da retórica e da persuasão, ou seja, ensinavam seus alunos a falar bem e usar essa fala para convencer seus interlocutores, afirmando serem estes os instrumentos fundamentais do conhecimento. Note que a preocupação dos sofistas estava centrada na figura humana, e não na natureza. Protágoras chegou o afirmar que “o homem é a medida de todas as coisas”.
       O grande objetivo dos sofistas não era afirmar categoricamente algo, mas fazer com que os outros concordassem com eles por meio de seus argumentos; daí a importância que a palavra tinha no meio sofístico. Mesmo porque as decisões dentro da sociedade democrática grega, e mais especificamente da sociedade ateniense, eram tomadas dentro da Assembleia de cidadãos que acontecia na Ágora, como se viu anteriormente.
         Os sofistas podem ser identificados como os primeiros cidadãos responsáveis por educar outros cidadãos e por buscar aperfeiçoar do discurso e raciocínio daqueles que se dispusessem a pagá-los. O fato de serem remunerados era, aliás, um dos pontos da crítica que partia de Sócrates. De forma geral, os sofistas se destacam por relativizar o conhecimento, situação esta que, parcialmente, está relacionada à multiplicidade de explicações dadas pelos pré-socráticos para a existência do todo ao nosso redor.
    Assim, a base do relativismo sofista encontra-se nos trabalhos categóricos e contrários aos estabelecidos pelos chamados pré-socráticos ou físicos. Essas variadas explicações levavam os sofistas a recusar a investigação filosófica pré-socrática por acreditarem que o conhecimento
absoluto não era uma possibilidade, por isso voltavam sua atenção para o homem. Acrescente-se a isso os contatos que os gregos estabeleceram com outros povos no período, que levaram os sofistas a perceberem as variações de leis, costumes e ideias dos outros povos e a entendê-las como indicativas do estabelecimento de convenções entre homens, e não como obra da natureza. Se tudo do universo dos homens é por convenção, onde está a verdade? Tudo depende, então, da argumentação, do convencimento. Assim, no universo do homem o importante é a opinião (doxa),
e não a verdade (alétheia).
      Os sofistas, portanto, não buscavam a verdade, pois, de acordo com sua percepção, era impossível chegar a ela; daí sua crença de que o único caminho possível era o da disputa verbal e o da vitória sobre os adversários, para mostrar como seus argumentos eram melhores do que os
deles.
   Entretanto, Sócrates acabou rompendo com este grupo por não aprovar a filosofia como instrumento de retórica e persuasão política para os cidadãos que podiam pagar por tal conhecimento. Para ele, a Filosofia era, por excelência, uma reflexão profunda de conceitos tidos como inquestionáveis: a coragem, a justiça, a sabedoria, entre outros. Era preciso combater as opiniões originárias do senso comum para se obter o verdadeiro conhecimento.

·        A filosofia socrática

     De que maneira o homem pode atingir o verdadeiro conhecimento foi a grande meta deste pensador ateniense.
        A missão socrática de revelar a verdade através da discussão filosófica foi afirmado por Sócrates após sua ida ao oráculo de Delfos. Na entrada do templo, encontrava-se escrita a frase “Conhece-te a ti mesmo”, a qual ele julgou ter sido escrita para ele mesmo, revelando-se como o desejo de Apolo que Sócrates deveria cumprir: conhecer a si mesmo e fazer com que os demais cidadãos atenienses também se conhecessem. Para tanto, seria necessário que cada indivíduo tivesse condição de se livrar das falsas verdades, criadas a partir das opiniões que, por sua vez, apoiavam-se em percepções distorcidas da realidade. Percebemos, então, um dos motivos que levou boa parte dos cidadãos atenienses a se indispor com Sócrates, pois as questões que este filósofo lhes dirigia os desconcertavam, fazendo-os entrar em contradição e, assim, acompanhar a argumentação socrática com atenção, na mesma medida em que respondiam às dúvidas do filósofo; tais respostas, não raro, sempre acabavam por levar o interlocutor a concordar com os argumentos de Sócrates, dando-lhe razão. Daí a insatisfação entre os cidadãos, que decidiam o destino da cidade, pois suas palavras e discursos, como o dos sofistas, pautavam-se exclusivamente em opiniões desprovidas de profundidade, a qual era exigida pelo pensamento socrático. Em suma, a diferença entre as ideias sofistas e o discurso filosófico socrático encontra-se no rigor em que se expressa este último, pois o exercício do diálogo e o esclarecimento sobre os preconceitos do discurso sofista indicavam um caminho no sentido do conhecimento, das razões do mundo, da verdade.
    A filosofia de Sócrates era desenvolvida mediante diálogos críticos com seus interlocutores, divididos em dois momentos básicos: a ironia (do grego eironeia, “perguntar fingindo ignorar”) e a maiêutica (do grego maieutiké, a “arte do parto”). O método consistia em, por meio do diálogo, fazer um interlocutor discorrer sobre determinado assunto que ele acreditasse dominar, para dirigi-lo à contradição e demonstrar sua real ignorância sobre o assunto referido. Sócrates não enunciava teorias, mas fazia perguntas e analisava respostas sucessivamente, mostrando a seu interlocutor as contradições daquilo que estava falando. A única afirmação com certeza que ele fazia era: “só sei que nada sei”. Dessa maneira, Sócrates procurava mostrar para seu interlocutor o quanto “pensamos” que sabemos, quando, na verdade, sabemos muito pouco. Não interessa se falamos bonito, mas se sabemos sobre o que estamos falando. Assim, a questão do conhecimento passava a ser o próprio ser humano.
         Não é Sócrates quem afirma a ignorância do interlocutor, mas é este mesmo quem a percebe ao se deixar convencer pelos argumentos socráticos formados a partir de suas próprias constatações. Dessa forma, a percepção da própria ignorância funciona como elemento catártico que permite ao indivíduo redescobrir-se (“conhece-te a ti mesmo”), princípio a partir do qual ele estaria pronto para encontrar a verdade. A maiêutica, assim, corresponde ao ofício do filósofo como parteiro do conhecimento, pois dessa forma o conhecimento vem à luz. A prática do filósofo é aquela que coloca o homem que deseja saber em aporias. A aporia é uma autocontradição. O método apo- rético de Sócrates pressupõe a purificação da falsa sophia do interlocutor.
     A prática de redescobrir-se conduziria o homem em direção ao conhecimento e à verdade, domínio do inteligível que corresponde às ideias purificadas de todo elemento sensível. No domínio do inteligível, encontra-se a ideia suprema do bem, motivo pelo qual torna-se natural que o homem o pratique, em benefício de si mesmo e dos outros. Dessa forma, ele estaria sendo um homem virtuoso e ético. Sócrates, ao convidar o homem a agir dessa forma, comprometendo-se com a ética e a verdade, desagradava a muitos, pois esta não era uma atitude comum na época. Sócrates não escreveu sobre suas ideias e experiências filosóficas, mas teve discípulos importantes que continuaram sua obra, como Xenofonte e Platão. Este último escreveu toda sua obra filosófica em forma de diálogos, assim como o método de seu mestre, e a maior parte do que conhecemos sobre o pensamento de Sócrates chegou aos nossos dias através das obras de Platão.
       Por causa de seu método e pela forma como o utilizava, questionando tanto mendigos como poderosos proprietários, Sócrates foi condenado à morte pelas autoridades políticas de Atenas. Mesmo conseguindo mostrar o absurdo das acusações que lhe foram feitas, de que ofendia os deuses e corrompia a juventude, Sócrates não fugiu de sua pena de morte, por achar que a lei era soberana e que não podia negar tudo o que tinha defendido ao longo de sua vida. Rodeado por seus discípulos, Sócrates morreu ingerindo um cálice de cicuta.

Entendimento do texto

1.      Quem eram os sofistas?

2.      Indique e explique o principal objetivo dos sofistas.

3.      Explique a base do relativismo sofista.

4.      Explique as seguintes frases referentes ao pensamento socrático:

a)      “Conhece-te a ti mesmo”.

b)      “Só sei que nada sei”.

5.      Explique o episódio do oráculo de Delfos.

6.      Explique as críticas de Sócrates aos sofistas.

7.      Explique o método socrático.

8.       Explique os motivos que levaram à condenação de Sócrates.

Surgimento da Filosofia Ocidental

Surgimento da Filosofia Ocidental

·         O nascimento da Filosofia

          Apesar de podermos utilizar a palavra filosofia de um modo amplo, a filosofia propriamente dita nasceu na Grécia Antiga, no século VI a.C. A origem da palavra vem do grego philosophia, cujo significado é “amigo do saber” (philo = amigo e sophia = saber).
          Como já vimos, a filosofia tem o uso da razão como instrumento para obter o conhecimento (razão, em grego, é logos). A característica principal do uso da razão pelos filósofos é o fato de que ela é capaz de esclarecer de maneira sistematizada as questões a serem solucionadas. Mas por que a filosofia surgiu na Grécia? Uma resposta possível é a de que os gregos tinham uma relação muito “pessoal” com seus deuses, enquanto esses deuses eram a reprodução da figura humana, ou seja, continham as virtudes e os defeitos dos homens. Perceba que sua própria mitologia aproximava os gregos de uma maior preocupação com a figura humana. Essa centralização no humano fez com que, lentamente, a mitologia fosse dando lugar a um pensamento mais focado no logos, isto é, na razão.
         Em outras palavras: alguns gregos, por volta do século VI a.C., sentiram a necessidade de encontrar algo mais concreto para explicar o mundo que os cercava, pois já não lhes satisfazia as explicações fantasiosas dos mitos. Era o ser humano preocupado em conhecer; começava assim uma longa jornada de desenvolvimento da razão, que se estende até os nossos dias.
         Além dessa necessidade de buscar explicações racionais, condições históricas, políticas, econômicas e sociais possibilitaram o surgimento da Filosofia.

Vejamos algumas delas:

a)      Invenção do calendário: O calendário apresentou uma nova forma de calcular o tempo e as horas, a possibilidade de contar os dias, os meses, e, desse modo, prever as épocas de chuva, de inverno, de seca e de calor.

b)       Viagens marítimas: Os gregos, ao longo de sua história, caracterizaram-se como uma civilização voltada para as  navegações e para os negócios. Como grandes comerciantes e conquistadores, os gregos estiveram em contato com os mais variados povos e culturas. Isso proporcionou a busca por informações capazes de explicar a origem do mundo e os diferentes tipos de cultura, costumes e civilizações que nele existem. Por isso, embora costume-se afirmar que a Filosofia nasceu na Grécia, é importante ressaltar a contribuição cultural dos povos conquistados pelos gregos.

c)      Surgimento da vida urbana: A atividade comercial e as navegações contribuíram para o surgimento de cidades e para o crescimento dos centros urbanos já existentes. O comércio permitiu a circulação de moedas, de mercadorias, de pessoas e de ideias. As moedas trouxeram consigo o valor de troca dos objetos, ou seja, cada objeto, dependendo da utilidade, da quantidade e do material com que foi produzido, possui uma importância que corresponde ao seu valor de troca. Em consequência disso, o cálculo foi aperfeiçoado.

d)     Aperfeiçoamento da escrita alfabética: Todas as informações e descobertas passaram a ser registradas por escrito e esses  registros, posteriormente, comparados a outros estudos. O conhecimento passou a ser armazenado, aperfeiçoado e renovado.

e)      Invenção da política: Uma das características da política é conduzir o indivíduo para o debate, contribuindo para as decisões que afetarão todo o grupo. Um político deve planejar seu discurso sob uma linha objetiva e racional de pensamento. Além disso, suas ideias têm de ser expressas de maneira clara, para que todos o entendam e se convençam de que suas propostas são as melhores para o grupo. Assim como a política, a filosofia exige a organização do pensamento e a objetividade das palavras. Na Grécia antiga, filosofia e política eram inseparáveis.

·         Os primeiros filósofos gregos

         Os primeiros filósofos começaram a se destacar na Grécia no século VI a.C. (600-501 a.C.). Sua preocupação essencial era explicar a origem e o funcionamento do mundo exterior, por isso são conhecidos como “filósofos da natureza”, pois suas inquietações iam mais na direção da compreensão e da explicação dos fenômenos da natureza do que da essência humana. O primeiro filósofo grego que se concentrou na análise do ser humano foi Sócrates, já no século V a.C. Em função disso, todos os filósofos gregos anteriores a ele são incluídos no grupo dos pré-socráticos, não apenas por estarem situados cronologicamente antes de Sócrates, mas por terem uma preocupação em comum: a natureza (e não o homem).
          Tales de Mileto é considerado o primeiro filósofo pré-socrático e, portanto, o primeiro filósofo grego. Ele pertenceu ao grupo dos filósofos jônicos, assim como Anaximandro, Anaxímenes, Anaxágoras, Empédocles e Heráclito. Outro pré-socrático de destaque foi Pitágoras, pertencente à escola itálica. Mas ainda devemos destacar os representantes da escola eleática, como Xenófanes, Parmênides e Zenão, além dos integrantes da escola atomista, Leucipo e Demócrito.
Explicar a origem do mundo de forma racional é a função da cosmologia (“estudo do mundo”), que substituiu a cosmogonia (explicação do mundo por meio dos mitos). Para os filósofos pré-socráticos, a grande questão era saber como por meio do caos (desordem) foi possível a criação do cosmos (mundo). Esses pensadores acreditavam que o princípio (em grego, arché) de todas as coisas seria a razão explicativa para a ocorrência dessa transformação. A água, o ar, o átomo ou a combinação de água, terra, fogo e ar foram algumas das respostas dadas por esses filósofos. Esses elementos seriam a manifestação física da arché, ou seja, a physis (forma). Essa teoria se contrapunha às explicações mitológicas, que se baseavam na ideia da criação do mundo a partir do nada. Porém, é importante ressaltar que a passagem do pensamento mítico para o racional-lógico se deu de maneira lenta, pois é possível encontrar resquícios de mitologia nos filósofos pré-socráticos.

·         Heráclito de Éfeso e Parmênides de Eleia

         Para alguns filósofos pré-socráticos, uma questão ainda persistia: como um princípio físico podia dar origem a diversas coisas? A explicação para essa pergunta está na kinesis, isto é, no “movimento” ou “transformação”. É o que chamamos de devir. E os filósofos que se destacaram para ilustrar essa explicação foram Heráclito, da cidade de Éfeso, na Jônia, e Parmênides, natural de
Eleia, hoje território italiano.
        Heráclito (540 a 470 a.C., aproximadamente) buscava entender a multiplicidade das formas reais e, para isso, entendia que o movimento é algo constante, impulsionado pela luta de forças contrárias (por exemplo, o bem e o mal, o quente e o frio, a ordem e a desordem); tudo se transforma, mesmo que não seja observável pelos nossos sentidos, que seriam limitados para verificar o movimento que possibilita a existência. Como afirmou: “Nunca nos banhamos duas vezes no mesmo rio”, pois esse rio muda pelo movimento de suas águas e o homem também se transforma pelas mudanças, não só orgânicas como psicológicas. Resumindo:
“tudo flui”.
        Parmênides (530 a 460 a.C., aproximadamente), crítico de Heráclito, afirmava que seria impossível acreditar que o
movimento fosse uma constante, pois uma coisa ou um ser não podem “ser” e “não-ser” ao mesmo tempo. Para questionar o exemplo do rio, Parmênides concluiu que o movimento não pode ser desprezado e tampouco superestimado, pois o movimento só existe para o mundo sensível, ou para os nossos sentidos, enquanto para o mundo inteligível, ou seja, para o mundo das ideias (a razão), o movimento é ilusório, pois todo ser tem sua identidade que não pode ser contrafeita. Resumindo: “as coisas que existem fora de mim são idênticas ao meu pensamento, e o que eu não conseguir pensar não pode ser realidade”.
          Heráclito e Parmênides inauguraram uma discussão que passou a ser um dos grandes desafios para os filósofos gregos que viveram depois deles, em especial, Platão e Aristóteles. O conhecimento verdadeiro passa pelos sentidos para chegar à razão ou só pode ser formulado diretamente pela razão? O que vemos, tocamos e sentimos, de uma maneira geral, são apenas ilusões? Se a razão por si só é a fonte de toda sabedoria, isso quer dizer que já nascemos sabendo, ou seja, que o conhecimento é inato? As respostas possíveis a essas questões orientarão praticamente toda a história do pensamento filosófico, chegando, inclusive, até nossos dias.

Atividade

1.      Indique o significado etimológico do termo filosofia.

2.       Explique a importância e influência da mitologia para o surgimento da filosofia.

3.       Indique e explique os fatores que levaram ao surgimento da filosofia.

4.      Indique e explique a preocupação essencial dos filósofos pré-socráticos.

5.      Explique as principais ideias de Heráclito.

6.      Explique as principais ideias de Parmênides.

7.       Diferencie o pensamento de Heráclito e Parmênides a partir de um exemplo.






segunda-feira, 2 de junho de 2014

O Barroco na península itálica - capítulo XIII

C.E.  Urbano Rocha
Professora: Mary Alvarenga
Disciplina: Arte   Série: 2º  ano

O Barroco na península itálica

1.      É do nosso conhecimento que no Renascimento a razão e a emoção eram estruturadas de forma a se relacionarem de   maneira equilibrada. Como era a relação entre essas duas dimensões do pensamento humano no estilo Barroco?

  • R. pag. 131, entre as linhas 12 e 13.

2.      Escreva qual era a relação da arte Barroca com a igreja católica e o movimento protestante?

  • R. pag. 131, entre as linhas 15 e 18.

3.      Qual a origem do nome do estilo Barroco?

  • R. pag. 133, na caixa de texto.

4.      Quais são as características da pintura barroca?

  • R. pag. 134, entre as linhas 01 e 06.

5.      Qual a principal característica apresentada no trabalho de Tintoretto na hora de representar a figura humana?

  • R. pag. 134, entre as linhas 05 e 08.

6.      Onde Caravaggio procurava seus modelos de estudo para representá-los em seus trabalhos?

  • R. pag. 135, entre as linhas 01 e 03.

7.      Explique o significado do estilo luminista, criado por Caravaggio?

  • R. pag. 135, entre as linhas 09 e 12.

8.      Descreva qual é a ilusão que Andrea Pozzo conseguiu causar ao pintar um afresco no teto da igreja Santo Inácio em Roma?

  • R. pag. 137, entre as linhas 05 e 07.

9.      Diferencie, por escrito, a escultura que era realizada no período renascentista da escultura do período Barroco.

  • R. pag. 138, entre as linhas 01 e 06.

10.  Explique, por escrito, qual era o objetivo que a Igreja Católica tinha ao financiar a arquitetura barroca na construção de seus prédios?

  • R. pag. 139, entre as linhas 01 e 03.




Boa Sorte!!!

terça-feira, 11 de março de 2014

Texto reflexivo - Os que fazem a diferença


Centro de Ensino Urbano Rocha
Imperatriz, ____ de março de 2014.
Professora: Mary Alvarenga
Disciplina: Filosofia

OS QUE FAZEM A DIFERENÇA!

          Conta-se que após um feriado prolongado, o professor entrou na sala da Universidade para dar sua aula, mas os alunos estavam ansiosos para contar as novidades aos colegas e a excitação era geral. Depois de tentar, educadamente, por várias vezes, conseguir a atenção dos alunos para a aula, o professor perdeu a paciência e disse: “Prestem atenção porque eu vou falar isso uma única vez”.      Um silêncio carregado de culpa se instalou na sala e o professor continuou. Desde que comecei a lecionar, e isso já faz muitos anos, descobri que nós professores trabalhamos apenas 5% dos alunos de uma turma. Em todos esses anos observei que, de cada cem alunos apenas cinco fazem realmente alguma diferença no futuro. Apenas cinco se tornam profissionais brilhantes e contribuem de forma significativa para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Os outros 95% servem apenas para fazer volume; são medíocres e passam pela vida sem deixar nada de útil.
         O interessante é que esta porcentagem vale para todo o mundo. Se vocês prestarem atenção notarão que, de cem professores, apenas cinco são aqueles que fazem a diferença. De cem garçons, apenas cinco são excelentes; de cem motoristas de táxi, apenas cinco são verdadeiros profissionais; de 100 conhecidos, quando muito, 5 são verdadeiros amigos, fraternos e de absoluta confiança. E podemos generalizar ainda mais: de cem pessoas, apenas cinco são verdadeiramente especiais.
         É uma pena não termos como separar estes 5% do resto, pois se isso fosse possível eu deixaria apenas os alunos especiais nesta sala e colocaria os demais para fora. Assim, então, teria o silêncio necessário para dar uma boa aula e dormiria tranquilo, sabendo ter investido nos melhores. Mas, infelizmente não há como saber quais de vocês são estes alunos. Só o tempo é capaz de mostrar isso. Portanto, terei de me conformar e tentar dar uma aula para os alunos especiais, apesar da confusão que estará sendo feita pelo resto.
          Claro que cada um de vocês sempre pode escolher a qual grupo pertencerá.  “Obrigado pela atenção e vamos à aula de hoje”. O silêncio se instalou na sala e o nível de atenção foi total. Afinal, nenhum dos alunos desejava fazer parte do “resto”, e sim, do grupo daqueles que realmente fazem a diferença. Mas, como bem lembrou o sábio professor, só o tempo dirá a que grupo cada um pertencerá. Só a atuação diária de cada pessoa a classificará, de fato, num ou noutro grupo.
          Pense nisso! Se você deseja pertencer ao grupo dos que realmente fazem a diferença, procure ser especial em tudo o que faz. Desde um simples bilhete que escreve às coisas mais importantes, faça com excelência. Seja fazendo uma faxina, atendendo um cliente, cuidando de uma criança ou de um idoso, limpando um jardim ou fazendo uma cirurgia, seja especial. Para ser alguém que faz a diferença, não importa o que você faz, mas como faz. Ou você faz tudo da melhor forma possível, ou fará parte do “resto”.

         Pense nisso e seja alguém que faz a diferença… Alguém que com sua ação torna a vida das pessoas melhores.

                                                                                                (desconheço a autoria)

E você?  É 5%  ou  95%?

A  escolha é sua!!!!!

quinta-feira, 6 de março de 2014

Atividade de Filosofia

Centro de Ensino Urbano Rocha
Professora: Mary Alvarenga
Disciplina:  Filosofia   
  
Atividade  de Filosofia

1.      Marque a resposta certa:

  • O que significa o pensamento reflexivo? 
a)      O pensamento reflexivo é o mesmo que não se enxergar diante de si mesmo
para aperfeiçoar e resolver determinado problema.

b)      O pensamento reflexivo é quando o pensamento quer voltar mas não consegue
no sentido de aperfeiçoar e resolver determinado problema.

c)      O pensamento reflexivo significa o movimento que o mesmo realiza sobre si
mesmo para aperfeiçoar e resolver determinado problema.

d)     O pensamento reflexivo é algum tipo de pensamento que não é pensamento
mesmo que olhe para si mesmo no espelho.

2.  O que são preconceitos e por que eles são considerados pontos de partida para um conhecimento filosófico mais elaborado?

    Os preconceitos são  pré-noções que temos sobre as coisas. São considerados pontos de partida na  medida em que é a partir deles que elaboramos as primeiras noções filosóficas questionando e investigando tais noções.

3.      Leia atentamente o texto a abaixo e responda as questões que seguem:

“Teimar e contestar obstinadamente são defeitos peculiares às almas vulgares, ao
passo que voltar atrás, corrigir-se abandonar sua opinião errada no ardor da
discussão, são qualidades raras, das almas fortes e dos espíritos filosóficos.(...)”

Michel de Montaigne filósofo Francês do séc. XVI
(Ensaios, Livro I Cap.XXVI, p.81-7)

a)      A partir do texto acima explique o que quis dizer Michel de Montaigne.

b)      Relacione o que disse Montaigne no texto acima com o que você aprendeu sobre
a postura do verdadeiro “espírito filosófica”. 

4.      Em sua opinião o que significa ser livre?
  
5.      Segundo Aristóteles, satisfazer todos os nossos desejos de forma exagerada pode nos transformar em:

a) escravos dos nossos vícios;
b) pessoas livres;
c) pessoas mais felizes;
d) responsáveis, porque assumimos todas as consequências da nossa vida.

6.      Quais são os possíveis significados para a palavra filosofia?

a)      Saber amar e querer viver;
b)      Amor ao saber e amizade pela sabedoria;
c)      Raciocínio lógico e amor ao saber;
d)     Amor ao saber e raciocínio lógico.

7.      Sabemos que somos livres para pensar no que quisermos, quando e onde quisermos. Sabemos também que somos livres para expressar esses pensamentos. Para que aquilo que pensamos e aquilo que transmitimos através do diálogo, seja algo coerente e compreensível, existe uma relação entre pensamento e diálogo. De que forma essa relação acontece?

a)      Os diálogos expressam os conteúdos que, através do pensamento, apreendemos e relacionamos de diferentes formas.

b)      Os diálogos transmitem aquilo que imaginamos sobre o mundo e as coisas através dos pensamentos.

c)      Os pensamentos formulam (elaboram) aquilo que expressamos através de diálogos.

d)     É através dos diálogos que articulamos os pensamentos com a intenção de fundamentá-los, justificá-los, tornando-os mais coesos e significativos.

e)       Todas as alternativas acima estão corretas.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Alegoria da Cavrena

C.E .Urbano Rocha
Professora: Mary Alvarenga
Disciplina:  Filosofia    

 Alegoria da Caverna  

         Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão aprisionados. Suas pernas e seus pescoços estão algemados de tal modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar e a olhar apenas para  a frente, não podendo girar a cabeça nem para trás nem para os lados. A entrada da caverna permite que alguma luz exterior ali penetre, de modo que se possa, na semiobscuridade, enxergar o que se passa no interior.
      A luz que ali entra provém de uma imensa e alta fogueira externa. Entre ela e os prisioneiros - no exterior, portanto – há  um caminho ascendente ao longo do qual foi erguida uma mureta, como se fosse a parte fronteira de um palco de marionetes. Ao longo dessa mureta-palco, homens transportam estatuetas de todo tipo, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas.
      Por causa da luz da fogueira e da posição ocupada por ela, os prisioneiros enxergam na parede do fundo da caverna as sombras das estatuetas transportadas, mas sem poderem ver as próprias estatuetas, nem os homens que as transportam.
      Como jamais viram outra coisa, os prisioneiros imaginam que as sombras vistas são as próprias coisas. Ou seja, não podem saber que são sombras, nem podem saber que são imagens (estatuetas de coisas), nem que há outros seres humanos reais fora da caverna. Também não podem saber que enxergam porque há a fogueira e a luz no exterior e imaginam que toda a luminosidade possível é a que reina na caverna.
      Que aconteceria, indaga Platão, se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria um prisioneiro libertado? Em primeiro lugar, olharia toda a caverna, veria os outros seres humanos, a mureta, as estatuetas e a fogueira. Embora dolorido pelos anos de imobilidade, começaria a caminhar, dirigindo-se à entrada da caverna e, deparando com o caminho ascendente, nele adentraria.
     Num primeiro momento, ficaria completamente cego, pois a fogueira na verdade é a luz do sol, e ele ficaria inteiramente ofuscado por ela. Depois, acostumando-se com a claridade, veria os homens que transportam as estatuetas e, prosseguindo no caminho, enxergaria as próprias coisas, descobrindo que, durante toda sua vida, não vira senão sombras de imagens (as sombras das estatuetas projetadas no fundo da caverna) e que somente agora está contemplando a própria realidade.
    Libertado e conhecedor do mundo, o prisioneiro regressaria à caverna, ficaria desnorteado pela escuridão, contaria aos outros o que viu e tentaria libertá-los.
    Que lhe aconteceria nesse retorno? Os demais prisioneiros zombariam dele, não acreditariam em suas palavras e, se não conseguissem silenciá-lo com suas caçoadas, tentariam fazê-lo espancando-o e, se mesmo assim, ele teimasse em afirmar o que viu e os convidasse a sair da caverna, certamente acabariam por matá-lo.
                                     "Convite à Filosofia" de Mariliena Chauí

Atividade

  1. Pesquise o significado de  alegoria.
     Exposição de uma ideia, sob forma   figurada. Obra artística ou literária, que representa uma coisa, para dar ideia de outra.

  1. O que a caverna e as sombras simbolizam?
     A caverna é o mundo em que vivemos
     As sombras as coisas materiais e sensoriais que percebemos.

  1. Quem são os prisioneiros presos no fundo da caverna? 
     Os prisioneiros somos nós que enxergamos e acreditamos apenas em imagens criadas pela cultura, conceitos e informações que recebemos durante a vida.

  1. Quem é o prisioneiro que se liberta e sai da caverna? 
     O filósofo

  1. Qual é o significado da luz do sol? 
     A luz da verdade

  1. O que Platão quis dizer com o mito?
     Os seres humanos tem uma visão distorcida da realidade. No mito, os prisioneiros somos nós que enxergamos e acreditamos apenas em imagens criadas pela cultura, conceitos e informações que recebemos durante a vida. A caverna simboliza o mundo, pois nos apresenta imagens que não representam a realidade. Só é possível conhecer a realidade, quando nos libertamos destas influências culturais e sociais, ou seja, quando saímos da caverna.

Aprofundar a interpretação do texto e a reflexão sobre ele, a partir de questões como:

  1. O que significa no texto caverna?
  2. O que significa estar acorrentado?
  3. O que significa sair da caverna?
  4. Quem são as pessoas que saem da caverna?
    Caverna = Visão ignorante 
    Imagens na Parede = A forma que o ignorante  conhece a vida.
    Prisioneiro = Indivíduo ignorante 
    Correntes = Ignorância em Si 
    Instrumento que liberta o prisioneiro = A razão (Pensamento Crítico e Coerente) 

Observação: O Prisioneiro que conseguir se soltar das correntes por meio da razão (deixará de ser ignorante e tentará abrir sua mente para coisas novas, mais coerentes e racionais), se levantará e sairá da caverna (passará à ver que as coisas não são como ele pensava que fossem, mas sim que são como são) e este é o filósofo!