quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Alegoria da Cavrena

C.E .Urbano Rocha
Professora: Mary Alvarenga
Disciplina:  Filosofia    

 Alegoria da Caverna  

         Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão aprisionados. Suas pernas e seus pescoços estão algemados de tal modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar e a olhar apenas para  a frente, não podendo girar a cabeça nem para trás nem para os lados. A entrada da caverna permite que alguma luz exterior ali penetre, de modo que se possa, na semiobscuridade, enxergar o que se passa no interior.
      A luz que ali entra provém de uma imensa e alta fogueira externa. Entre ela e os prisioneiros - no exterior, portanto – há  um caminho ascendente ao longo do qual foi erguida uma mureta, como se fosse a parte fronteira de um palco de marionetes. Ao longo dessa mureta-palco, homens transportam estatuetas de todo tipo, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas.
      Por causa da luz da fogueira e da posição ocupada por ela, os prisioneiros enxergam na parede do fundo da caverna as sombras das estatuetas transportadas, mas sem poderem ver as próprias estatuetas, nem os homens que as transportam.
      Como jamais viram outra coisa, os prisioneiros imaginam que as sombras vistas são as próprias coisas. Ou seja, não podem saber que são sombras, nem podem saber que são imagens (estatuetas de coisas), nem que há outros seres humanos reais fora da caverna. Também não podem saber que enxergam porque há a fogueira e a luz no exterior e imaginam que toda a luminosidade possível é a que reina na caverna.
      Que aconteceria, indaga Platão, se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria um prisioneiro libertado? Em primeiro lugar, olharia toda a caverna, veria os outros seres humanos, a mureta, as estatuetas e a fogueira. Embora dolorido pelos anos de imobilidade, começaria a caminhar, dirigindo-se à entrada da caverna e, deparando com o caminho ascendente, nele adentraria.
     Num primeiro momento, ficaria completamente cego, pois a fogueira na verdade é a luz do sol, e ele ficaria inteiramente ofuscado por ela. Depois, acostumando-se com a claridade, veria os homens que transportam as estatuetas e, prosseguindo no caminho, enxergaria as próprias coisas, descobrindo que, durante toda sua vida, não vira senão sombras de imagens (as sombras das estatuetas projetadas no fundo da caverna) e que somente agora está contemplando a própria realidade.
    Libertado e conhecedor do mundo, o prisioneiro regressaria à caverna, ficaria desnorteado pela escuridão, contaria aos outros o que viu e tentaria libertá-los.
    Que lhe aconteceria nesse retorno? Os demais prisioneiros zombariam dele, não acreditariam em suas palavras e, se não conseguissem silenciá-lo com suas caçoadas, tentariam fazê-lo espancando-o e, se mesmo assim, ele teimasse em afirmar o que viu e os convidasse a sair da caverna, certamente acabariam por matá-lo.
                                     "Convite à Filosofia" de Mariliena Chauí

Atividade

  1. Pesquise o significado de  alegoria.
     Exposição de uma ideia, sob forma   figurada. Obra artística ou literária, que representa uma coisa, para dar ideia de outra.

  1. O que a caverna e as sombras simbolizam?
     A caverna é o mundo em que vivemos
     As sombras as coisas materiais e sensoriais que percebemos.

  1. Quem são os prisioneiros presos no fundo da caverna? 
     Os prisioneiros somos nós que enxergamos e acreditamos apenas em imagens criadas pela cultura, conceitos e informações que recebemos durante a vida.

  1. Quem é o prisioneiro que se liberta e sai da caverna? 
     O filósofo

  1. Qual é o significado da luz do sol? 
     A luz da verdade

  1. O que Platão quis dizer com o mito?
     Os seres humanos tem uma visão distorcida da realidade. No mito, os prisioneiros somos nós que enxergamos e acreditamos apenas em imagens criadas pela cultura, conceitos e informações que recebemos durante a vida. A caverna simboliza o mundo, pois nos apresenta imagens que não representam a realidade. Só é possível conhecer a realidade, quando nos libertamos destas influências culturais e sociais, ou seja, quando saímos da caverna.

Aprofundar a interpretação do texto e a reflexão sobre ele, a partir de questões como:

  1. O que significa no texto caverna?
  2. O que significa estar acorrentado?
  3. O que significa sair da caverna?
  4. Quem são as pessoas que saem da caverna?
    Caverna = Visão ignorante 
    Imagens na Parede = A forma que o ignorante  conhece a vida.
    Prisioneiro = Indivíduo ignorante 
    Correntes = Ignorância em Si 
    Instrumento que liberta o prisioneiro = A razão (Pensamento Crítico e Coerente) 

Observação: O Prisioneiro que conseguir se soltar das correntes por meio da razão (deixará de ser ignorante e tentará abrir sua mente para coisas novas, mais coerentes e racionais), se levantará e sairá da caverna (passará à ver que as coisas não são como ele pensava que fossem, mas sim que são como são) e este é o filósofo!


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